Em resposta a questões da agência Lusa, o MAI explica que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tinha conhecimento da existência de dois imigrantes sem documentos a bordo do navio, que passou pelo porto de Huelva, em Espanha, e alertou as autoridades de controlo costeiro e marítimo, tendo depois estado no barco e disponibilizado "segurança e vigilância" ao comandante, que recusou.
Após ter recebido a informação da fuga dos clandestinos, o SEF avançou para os procedimentos adequados a este tipo de situação, tanto a nível nacional, como internacional, estando as autoridades policiais "a realizar todos os esforços para localizar estes dois cidadãos", continuou o Ministério liderado por Constança Urbano de Sousa.
O jornal Correio da Manhã noticia hoje que, na quarta-feira, dois homens argelinos fugiram a nado de um navio tanque carregado com gás e aportado no terminal da Quimipor, no Barreiro, vindo da Argélia, estando ainda desaparecidos.
O MAI esclarece que "navios transportando clandestinos a bordo não é uma novidade" e estão definidos procedimentos e medidas a adotar.
E relata que, após ter tido conhecimento da existência de "dois imigrantes indocumentados a bordo", ainda antes do navio ter chegado a Portugal, o SEF emitiu um alerta "às autoridades de controlo costeiro e marítimo competentes solicitando a colaboração no sentido de acompanhar o trajeto do navio em águas nacionais".
Como a embarcação já tinha atracado em porto espanhol e as autoridades daquele país já sabiam da situação, o SEF "recebeu toda a informação que os serviços congéneres de Espanha recolheram, incluindo consultas sobre os dois clandestinos a bordo", continua.
"Não existe informação sobre estes dois cidadãos relacionada com a segurança nacional, pelo que se aponta, mais uma vez, para mais um caso ligado ao fenómeno da imigração ilegal", concluiu o ministério.
Seguindo o procedimento normal, explica, o SEF deslocou-se a bordo para "aferir da situação documental, passaportes ou vistos e das condições de saúde, habitabilidade e segurança, bem como da vigilância dos mesmos" e se era necessária qualquer intervenção das autoridades.
"Foi questionado o comandante do navio se pretendia segurança e vigilância a bordo por parte das autoridades policiais nacionais, tendo aquele informado não necessitar, pois dispunha de local próprio para o efeito e a tripulação tomaria conta da situação", refere o ministério.
"Mais tarde, o SEF e restantes autoridades portuguesas, designadamente a Polícia Marítima e a PSP, foram informados da fuga dos dois clandestinos", tendo realizado os contactos estipulados, nomeadamente a partilha de informação para permitir identificação e deteção dos dois clandestinos, incluindo alertas por não admissão no espaço Schengen.
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