O aparelho, uma aeronave turbo-hélice bimotor, tinha saído da cidade russa de Petropavlovsk-Kamchatsky, na península de Kamchatka, com destino à localidade de Palana, de acordo com as agências russas Interfax e RIA Novosti.
De acordo com as agências russas, citadas pela Reuters, o avião despenhou-se junto ao mar de Okhotsk, quando executava a manobra de aproximação ao aeródromo de Palana, depois de perder o contacto com o controlo do tráfego aéreo.
A autoridade de aviação civil russa confirmou que os destroços da aeronave foram encontrados por equipas de salvamento em helicópteros e barcos à procura de sobreviventes, a cinco quilómetros da pista de aterragem. Ninguém sobreviveu ao desastre.
Uma parte da fuselagem está em terra e "a segunda parte foi localizada no mar a quatro quilómetros da costa", afirmou a Marinha russa, segundo a agência de notícias Interfax, que adianta que o acidente terá ocorrido por colisão com uma falésia por falta de visibilidade.
Entre os 28 tripulantes — 22 passageiros e seis membros da tripulação — estava Olga Mokhireva, presidente da Câmara de Palana, e duas crianças.
"O avião cessou a comunicação via rádio quando estava prestes a aterrar. Não informou de quaisquer problemas a bordo", disse uma fonte dos serviços de emergência regionais, citada pela agência oficial TASS.
A manutenção técnica deficiente e a falta de regulamentos de segurança já provocaram vários acidentes no setor da aviação russo. Este modelo estava em funcionamento desde 1982 e a sua licença deveria expirar a 30 de agosto.
O último acidente grave registou-se em maio de 2019, quando um avião Sukhoi Superjet, pertencente à companhia aérea nacional Aeroflot, foi forçado a aterrar, explodindo na pista de um aeroporto de Moscovo e matando 41 pessoas.
Em fevereiro de 2018, um aparelho AN-148, da Saratov Airlines, despenhou-se pouco depois da descolagem, perto de Moscovo, matando as 71 pessoas a bordo.
Uma investigação determinou que um erro humano esteve na origem do acidente.
O transporte aéreo na Rússia também está sujeito a condições de voo frequentemente difíceis, em áreas remotas do Ártico e do extremo oriente.
[Notícia atualizada às 12:36]
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