A lista foi publicada na noite de terça-feira pelo jornal brasileiro O Estado de São Paulo e depois no site do STF.
Entre os investigados estão oito ministros de estado, três governadores, dezenas de parlamentares da câmara alta e da câmara baixa, além de políticos que atualmente não ocupam cargos públicos no país.
Os ministros alvo de inquérito são Eliseu Padilha, da Casa Civil, Moreira Franco, da Secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Kassab, da Ciência e Tecnologia, Helder Barbalho, da Integração Nacional, Aloysio Nunes, das Relações Exteriores, Blairo Maggi, da Agricultura, Bruno Araújo, das Cidades, e Marcos Pereira, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
O Estado de São Paulo tinha anunciado, na terça-feira, que o ministro da Cultura, Roberto Freire, também ia ser investigado, mas o juiz Edson Fachin, responsável pelos processos da operação Lava Jato no STF, esclareceu não ter autorizado a abertura de inquérito contra Fachin, mas pediu outras informações sobre o caso.
Os principais membros do poder legislativo envolvidos nestes inquéritos são o presidente da câmara baixa, Rodrigo Maia e o presidente da câmara alta, Eunicio Oliveira.
Também serão alvo de investigação os senadores Romero Jucá e Aécio Neves, chefes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), principais siglas que formam a coaligação que apoia o Presidente Michel Temer.
Michel Temer é citado nos processos, mas não houve um pedido de investigação por o cargo de Presidente conferir imunidade temporária.
Enquanto estiver no cargo, o chefe de Estado brasileiro não pode ser investigado por crimes não relacionados com o seu mandato.
Acusações contra outros nove governadores foram enviadas para o STJ, instância competente para analisar os casos relacionados com os chefes do poder executivo dos 27 estados brasileiros.
Todos os pedidos de abertura de investigação foram feitos pelo Procurador-geral da República do Brasil, Rodrigo Janot, numa lista enviada em março ao juiz Edson Fachin do STF.
Ao todo, a Procuradoria Geral da República brasileira enviou 83 inquéritos com base nas declarações e provas apresentadas por 77 executivos da construtora Odebrecht, que assinaram um acordo com a Justiça brasileira de redução das penas em troca de informações.
A Odebrecht é uma das principais construtoras sob denúncia no Brasil e no estrangeiro por ter participado em vários esquemas de corrupção em troca de vantagens em concursos públicos.
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