O diretor do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, João Nunes, explicou que a avaria, registada cerca das 12:00 e que obrigou pelo menos ao cancelamento de 27 voos, deu-se quando, "por um motivo de operação, num dos três tanques de abastecimento de combustível, houve uma situação que aconteceu pela primeira vez, que foi ‘desferrar’", devido ao facto de ter começado a entrar ar.

Por questões de segurança e precaução, existe um circuito redundante de abastecimento, mas, segundo o mesmo responsável, "infelizmente, o que aconteceu não afetou só o sistema de alimentação principal, também no sistema redundante entrou ar", criando dificuldades em resolver o problema e obrigando ao recurso a camiões autotanques.

"Deparámo-nos com uma incapacidade de abastecimento de combustível. O abastecimento de combustível às aeronaves é feito fundamentalmente por hidrantes. São sistemas que levam o combustível até às várias posições de estacionamento dos aviões. Nessas posições de estacionamento há umas viaturas que acabam por fazer ‘o bombeiro’ para cada uma das aeronaves (...) . Nós temos um sistema sofisticado", garantiu.

Em conferência de imprensa, o diretor do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, João Nunes, afirmou que os problemas com o abastecimento começaram hoje pelas 12:00, tendo entretanto sido cancelados 27 voos e seis outros divergiram para outros aeroportos.

“É algo que tem dimensão, não podemos esconder nem faz sentido”, disse, explicando que, "se não fosse o abastecimento por autotanque", estariam "em muitos maus lençóis".

A mesma fonte fez ainda questão de sublinhar que o abastecimento de combustível às aeronaves no aeroporto de Lisboa é da responsabilidade de um consórcio internacional ao qual a ANA concessionou essa atividade.

“A questão dos abastecimentos é garantida por uma entidade, um fornecedor internacional de combustíveis, constituído pela Galp, pela BP e pela Repsol, que têm uma concessão da ANA para fazer operação e manutenção dos sistemas de abastecimento. As coisas têm funcionado bem até hoje. É uma situação absolutamente ímpar, mas aconteceu”, declarou.

O sistema de abastecimento de combustível ao Aeroporto de Lisboa é da responsabilidade do GOC [Grupo Operacional de Combustíveis, liderado pela Petrogal e que reúne as principais petrolíferas].