Segundo descreve o The Guardian, o voo SV832 da transportadora Saudia estava a decorrer com normalidade rumo a Kuala Lumpur, capital da Malásia, quando a mulher se apercebeu e começou a alertar a tripulação da cabine que tinha deixado a criança na Arábia Saudita.
Acedendo aos pedidos da mulher, o piloto comunicou junto dos controladores de voo do aeroporto, informando-os da necessidade de regressar e pedindo-lhes permissão para aterrar. Num vídeo captado na torre de controlo, pode-se ouvir o homem dizer "que Deus esteja connosco, podemos voltar?"
É raro que os aviões voltem para trás sem que seja por razões técnicas relacionadas com a aeronave ou por questões de saúde dos passageiros. Perante esta situação inédita, um dos operadores, escreve a Newsweek, anotou o número do voo e começou a perguntar aos colegas que procedimento deveria tomar.
Neste impasse, o piloto diz a outro colega que o "voo está a pedir para voltar" porque "uma passageira esqueceu-se do seu bebé na zona de espera, pobrezinho".
Confrontado com alguma resistência a partir da torre, o piloto reforça os pedidos: "já disse, uma passageira deixou uma bebé no terminal e está a recusar a continuar o voo".
A insistência terá compensado. Pouco tempo depois, é concedida permissão para regressar. "Ok, regressa à porta de embarque", diz um dos controladores, mas não sem desabafar: "esta é nova para nós".
Apesar de não haver informação detalhada quanto ao estado de saúde do bebé, a revista norte-americana avança que este ter-se-á reunido com a mãe no aeroporto.
Sendo uma estreia para os controladores aéreos do Aeroporto Internacional Rei Abdulaziz, esta, contudo, não foi a primeira vez que uns pais se esqueceram dos seus filhos antes de embarcar. A título de exemplo, em outubro de 2018, um casal alemão deixou a sua criança de cinco anos num aeroporto em Estugarda.
Pais a esquecerem-se de filhos é só uma das razões insólitas para interromper um voo. Em 2013, um voo da American Airlines entre Los Angeles e Nova Iorque parou em Kansas City porque um passageiro desordeiro não parava de cantar a música "I Will Always Love You" de Whitney Houston, ao passo que em 2014, um avião da Korean Air que partiu de Nova Iorque em direção a Seoul, na Coreia do Sul, foi forçado a regressar ao Aeroporto Internacional John F. Kennedy sob as ordens Cho Hyun-ah, vice-presidente da empresa aérea, que ficou incomodada por um membro da tripulação lhe ter servido nozes-macadâmia a partir de um pacote em vez de numa taça.
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