Segundo informa a Autoridade Nacional Marítima (ANM), "foi esta tarde hasteada a bandeira vermelha nas praias de Carcavelos e São Pedro do Estoril, em Cascais, após ter sido detetada a presença de Medusa Velella nestas praias".
De acordo com a nota publicada, a decisão de hastear a bandeira vermelha foi tomada pelo Capitão do Porto e Comandante-local da Polícia Marítima de Cascais, Diogo Branco, "após ter recebido o alerta para o aparecimento destes organismos pelos nadadores-salvadores destas praias".
A decisão foi "articulada entre a Delegada de Saúde local, o Capitão do Porto e a Câmara Municipal de Cascais", informa a ANM, sendo que "as entidades envolvidas vão manter a monitorização desta situação e a interdição de ida a banhos será levantada assim que estiverem reunidas todas as condições de segurança".
Nos últimos dias, a presença de 'Medusa Velella' foi registada na Praia da Vieira, na Marinha Grande, distrito de Leiria, o que levou também ao hastear da bandeira vermelha e ao desaconselhamento de ida a banhos, medidas que foram levantadas na segunda-feira, depois de dois dias sem deteção de presença de 'Medusa Velella' no mar, informou o comandante da Capitania do Porto da Nazaré.
Sobre a presença de ‘Medusa Velella’, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse hoje que “a espécie Velella velella (Veleiro) está de momento a ocorrer em pequenas quantidades por toda a costa oeste portuguesa, incluindo em algumas ilhas dos Açores”.
Em comunicado, o IPMA explicou que se trata de uma espécie de ocorrência comum e os seus tentáculos são pequenos e ligeiramente urticantes, referindo que é “aconselhável evitar o contacto direto com os mesmos de forma a evitar potenciais reações alérgicas, em caso de maior sensibilidade”.
“Não havendo evidências de queimaduras ou problemas de saúde associados, é considerada inofensiva”, assegurou o instituto.
No entanto, caso os banhistas tenham estado em contacto com as mesmas e tenham sido picados, devem aplicar bandas de gelo e, se possível, bicarbonato de sódio, recomendou o IPMA.
“A informação destas ocorrências é muito importante para o estudo das espécies, e como tal, caso haja alguma reação adversa maior, por favor entre em contacto com o GelAvista”, referiu o instituto, apelando à colaboração de todos os cidadãos com o envio de informação de avistamentos, inclusive data, local, número de organismos e fotografia, através da aplicação ‘online’ ou por correio eletrónico plancton@ipma.pt.
O GelAvista é o programa responsável pela monitorização dos organismos gelatinosos em toda a costa portuguesa, lançado em fevereiro de 2016, com o objetivo de envolver a comunidade no desenvolvimento da ciência, colmatando assim a falta de conhecimento em Portugal sobre os organismos gelatinosos.
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