O grupo interrompeu, na sexta-feira passada, todos os seus programas para anunciar a morte, aos 99 anos, do marido da Rainha de Inglaterra e, tanto os canais de televisão como as estações de rádio (com exceção de algumas que são apenas musicais) transmitiram, durante o resto do dia e parte do dia seguinte, emissões especiais em homenagem ao duque de Edimburgo.
Depois de receber um grande número de queixas, a BBC, que tem críticas frequentes, publicou um formulário especial para as receber, lembrando que “alguns telespetadores ficaram insatisfeitos com o nível de cobertura dado e as repercussões nas programações previstas”.
No seu boletim informativo regular, o grupo disse ter recebido um recorde de 109.741 reclamações.
Os ingleses reclamaram, nas redes sociais, pelo cancelamento de todos os programas em todas as antenas e a sua substituição por edições especiais, o que deixou os ouvintes e telespetadores sem escolha, mas também pelo “tom choroso” de alguns programas, sem o distanciamento normalmente observado pelos canais de notícias.
Outros ainda não apreciaram o facto de a BBC ter ido ouvir o príncipe André, um dos filhos da rainha, atualmente retirado da vida pública da monarquia devido ao escândalo provocado pela sua amizade com o magnata norte-americano Jeffrey Epstein assisado de crimes sexuais.
As edições especiais dedicadas à morte do príncipe Filipe provocaram quedas significativas nas audiências das televisões britânicas relativamente às registadas com as programações habituais.
A cobertura da BBC das mortes de membros da família real segue procedimentos preparados com anos de antecedência e repetidos regularmente, desenvolvidos numa época em que o panorama da comunicação social era muito diferente, com muito menos canais disponíveis.
O Reino Unido está esta semana em luto oficial pela morte do príncipe Filipe, que morreu no passado dia 09, aos 99 anos, poucas semanas depois de ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica a problemas cardíacos, e cujo funeral decorrerá este sábado.
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