“Tem o Governo conhecimento desta situação? Está disposto o Governo a intervir junto dos hospitais das áreas em questão de forma a resolver as dívidas para com os bombeiros?”, lê-se na pergunta do BE enviada ao Ministério da Saúde,
No requerimento, os bloquistas relatam algumas situações ocorridas recentemente, nomeadamente o caso do pai de uma criança de nove anos, com um diagnóstico de problemas cardíacos e neurológicos, que teve que, “na sua viatura pessoal, transportar de urgência a filha para a pediatria de Viseu a partir da urgência de Tondela já que não haviam ambulâncias disponíveis para assegurar o transporte”.
O BE escreve ainda que, “segundo o próprio INEM, esta situação é recorrente porque o Centro Hospitalar Tondela-Viseu tem dívidas com os bombeiros e estes têm recusado o transporte de doentes entre hospitais enquanto não forem liquidadas algumas faturas em atraso”.
“Dois dias depois, a situação voltou a acontecer, tendo o pai que acudir, de novo, às urgências do Hospital de Tondela havendo uma necessidade de transferência para a pediatria de Viseu. De novo não havia transporte disponível”, lê-se no requerimento.
Um outro caso relatado pelo partido refere-se ao caso de um homem que, em outubro, “entrou na urgência do Hospital de Tondela com um quadro clínico muito grave, o médico de serviço determinou o transporte imediato para o Hospital de Viseu, mas, das 11 corporações de bombeiros mais próximos de Tondela, todas se recusaram a fazer o transporte do doente”.
“As corporações de bombeiros que têm recusado fazer o transporte de doentes do Hospital de Tondela para outras unidades hospitalares da região Centro, nomeadamente para o Hospital de Viseu e para o Hospital Universitário de Coimbra (HUC), dizem que não fazem por causa das dívidas existentes”, é referido pelo BE.
Segundo o BE, por exemplo, “a corporação de bombeiros de Tondela tem a receber mais de 30 mil euros do Centro Hospitalar Tondela-Viseu e mais de 120 mil euros do HUC”, já “os bombeiros de Viseu queixam-se de uma dívida do Hospital de Viseu de superior a 22 mil euros” e os de “Penalva do Castelo dizem que existe uma dívida de 80 mil euros, sendo que a maior parte é do Hospital de Coimbra”.
Comentários