Numa pergunta dirigida ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, a deputada do BE Isabel Pires refere que as acessibilidades à Torre da Serra da Estrela "têm sido alvo de bastante debate e propostas ao longo dos anos, pelo número consistente de pessoas que acedem por motivos de turismo, mas também pela própria mobilidade das populações daquela zona".
"Tem o Plano Nacional de Investimentos 2030 incluído um projeto de um ou dois teleféricos? Está previsto um Estudo de Impacte Ambiental do projeto existente no PNI 2030? Se sim, quais os prazos existentes para a sua finalização?", questiona a deputada bloquista.
Adianta ainda que os teleféricos de acesso à Torre são já uma proposta antiga da Associação Cultural dos Amigos da Serra da Estrela (ASE), que defende um teleférico suspenso na parte sul da Serra desde os Piornos (Centro de Limpeza de Neve) e o segundo na parte nordeste desde a Lagoa Comprida, este último em carris, aproveitando algum traçado rodoviário já existente.
A deputada do BE sublinha que o objetivo desta proposta é cortar os acessos rodoviários à Torre, privilegiando assim o ambiente, evitando as emissões de CO2 e a utilização de sal para desbloquear as estradas, e permitindo um acesso permanente ao topo de Serra da Estrela.
Em setembro de 2019, a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) reuniu vários dirigentes políticos da região e representantes de entidades com atividade na Serra da Estrela para debater a questão dos acessos.
Nesse sentido, os autarcas defenderam a aposta no projeto das telecabines para resolver a questão de acessibilidade e de segurança decorrente da neve e tratamento que lhe é dada.
À data, o responsável pelas relações institucionais da Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Rodrigues, rejeitou as críticas respeitantes à demora da reabertura das estradas e garantiu que nem com o dobro dos meios se conseguiria melhorar a eficiência, devido às características da neve da Serra da Estrela.
"No entanto, não ficou clara a posição relativamente à proposta das telecabines. As acessibilidades à Torre e toda a mobilidade daquela zona são uma matéria relevante, seja do ponto de vista da atividade económica turística, seja para as deslocações das próprias populações", sustenta Isabel Pires.
Neste âmbito, o BE considera que "é importante perceber" qual o real estado do projeto incluído no PNI 2030 e no que consiste.
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