“Bill (William) Burns é um diplomata exemplar com décadas de experiência no cenário mundial para manter o nosso povo e o nosso país seguros e protegidos”, referiu Joe Biden num comunicado em que anuncia a escolha para a liderança da Central Intelligence Agency (CIA).
“Partilha da minha profunda convicção de que os serviços de informações devem ser apolíticos e que os dedicados profissionais [desta agência] ao serviço da nossa nação merecem a nossa gratidão e respeito”, acrescentou Biden, que tomará posse como 46.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) em 20 de janeiro.
Antigo embaixador na Rússia (entre 2005 e 2008) e na Jordânia, Burns, de 64 anos, integrou os quadros do Departamento de Estado norte-americano durante 33 anos, tendo trabalhado com administrações republicanas e democratas.
Atingiu o topo da carreira quando foi designado vice-secretário de Estado (2011-2014) durante a administração liderada pelo Presidente Barack Obama (democrata).
Aposentou-se da carreira diplomática ainda em 2014 para presidir à Fundação Carnegie para a Paz Internacional, um ‘think tank’ (centro de intervenção e de reflexão) na área das relações internacionais.
William Burns irá suceder na liderança da CIA a Gina Haspel, que assumiu o cargo em 2018.
Na altura, Gina Haspel sucedeu a Mike Pompeo, que foi diretor da CIA entre 2017 e 2018 antes de ser nomeado secretário de Estado norte-americano pelo Presidente republicano Donald Trump.
Se a sua nomeação for confirmada pelo Senado (câmara alta do Congresso norte-americano), William Burns irá tornar-se o primeiro diplomata de carreira a liderar a CIA, sublinhou o comunicado divulgado pela equipa de Joe Biden.
“O embaixador Burns trará o conhecimento, o discernimento e a perspetiva de que necessitamos para prevenir e enfrentar as ameaças antes que elas possam chegar ao nosso território”, concluiu Biden.
No último ano, William Burns assinou vários artigos que continham fortes críticas às orientações assumidas pela administração de Donald Trump em matéria de política externa.
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