Os combates prosseguem em pontos-chave na região de Donetsk, as forças russas procuram expandir o seu domínio naquela região do leste da Ucrânia.
Segundo o líder nomeado pelo Kremlin em Donetsk, Denis Pushilin, as forças russas estão a avançar em Vugledar, uma cidade estratégica a sudoeste da cidade de Donetsk.
"De momento, podemos dizer que as unidades estabeleceram posições na parte oriental de Vugledar, e que o trabalho também está a ser realizado nas suas proximidades," disse Pushilin, de acordo com as agências de notícias russas.
Kiev nega a informação avançada pelos russos, mas admite que a batalha na região está muito difícil.
"As tentativas para quebrar a nossa defesa são constantes", disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no domingo à noite. "O inimigo (...) mantém alta intensidade de ataque".
Na semana passada, os países aliados, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha, aprovaram o envio de tanques de combate pesados para a Ucrânia. Uma decisão que poderá escalar o conflito.
Entretanto, a Ucrânia reforçou o pedido de envio de meios aéreos militares para proteger o seu espaço aéreo. Mas Biden pareceu estabelecer limites em relação ao fornecimento de caças americanos à Ucrânia ao responder aos jornalistas um forte "Não" quando questionado se era a favor do envio de caças F-16 ou outros aviões de combate.
Os analistas acreditam que tanto a Ucrânia como a Rússia estão a preparar movimentos ofensivos significativos, nos próximos meses. O reforço dos meios aéreos seria um aumento exponencial da força de Kiev, já que a força aérea ucraniana está significativamente esgotada ao fim de 11 meses de guerra.
Entretanto, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse na segunda-feira que não descarta a possibilidade de fornecer caças de combate à Ucrânia, mas alertou contra o risco de escalada no conflito.
Macron conversou com o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, que também não descarta a ideia de enviar F-16 holandeses para a Ucrânia.
"Nada está excluído, em princípio", disse Macron, citado pela AFP. Qualquer entrega de armas "não deve enfraquecer a capacidade das forças armadas francesas", sublinhou, acrescentando que a França teria que estar confiante de que as armas não seriam usadas para atacar dentro de território da Rússia, o que poderia escalar a guerra.
"Não há tabu, mas seria um grande passo", acrescentou o primeiro-ministro holandês.
França e Austrália garantem munições de artilharia
Com o fornecimento de munições de artilharia da Ucrânia fortemente esgotado, a França e a Austrália anunciaram um acordo para produzir conjuntamente munições de 155 mm para as forças de Kiev.
"Vários milhares de projéteis de 155 mm serão fabricados em conjunto", disse na segunda-feira, o ministro da Defesa francês, Sebastien Lecornu.
"Existe a possibilidade de juntar as capacidades únicas da Austrália com a França", disse seu homólogo australiano Richard Marles.
Entretanto, em Seul, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pediu à Coreia do Sul que "intensifique" o apoio militar à Ucrânia, sugerindo que reconsidere a sua política de não exportar armas para países em conflito.
Há uma "necessidade urgente de munições", disse Stoltenberg. É "extremamente importante que o Presidente Putin não ganhe esta guerra", frisou.
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