Biden viajará para o sul da Alemanha em 25 de junho para participar numa cimeira do G7 — o grupo das sete principais nações industrializadas — na Baviera, seguindo para Madrid, no dia 28 de junho, para participar num encontro de países membros da NATO.
As duas cimeiras acontecerão quando se assinalam os quatro meses da invasão russa da Ucrânia, enquanto os Estados Unidos e os seus aliados são pressionados para enviar para a Ucrânia armamento de longo alcance e mais avançado, para evitar que Moscovo consolide a sua posição no conflito.
Os esforços de Biden para impor e sustentar sanções à Rússia também estão a enfrentar uma renovada ameaça, perante o aumento da inflação que atinge numerosos países.
Por outro lado, o Presidente norte-americano também quer garantir a admissão à NATO da Suécia e da Finlândia, tentando superar a oposição da Turquia.
No G7 – Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão – os líderes deverão discutir o apoio à Ucrânia, as mudanças climáticas, a segurança sanitária global e a crise alimentar e energética agravada pela agressão da Rússia à Ucrânia, de acordo com a Casa Branca.
Na cimeira da NATO, os líderes devem endossar planos para orientar a transformação da aliança na próxima década, incluindo o fortalecimento da dissuasão e defesa, abordando ameaças transnacionais – cibernética e climática – e aprofundando as parcerias com aliados democráticos na Europa e na Ásia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga quase 15 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,9 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.253 civis morreram e 5.141 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 105.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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