Biden encontrar-se-á na Polónia com o presidente polaco, Andrzej Duda, "para falar sobre a cooperação bilateral e esforços coletivos para apoiar a Ucrânia e fortalecer as capacidades de dissuasão da NATO", adiantou a porta-voz da Casa Branca.

A visita, agendada entre 20 e 22 de fevereiro, também se destina a assegurar a continuação do envio de milhares de milhões de dólares em ajuda económica e militar à Ucrânia, e quando se prevê que a Rússia esteja a planear uma nova ofensiva.

Segundo Karine Jean-Pierre, o Presidente norte-americano também se reunirá com o chamado grupo “Nove de Bucareste”, de países do Leste Europeu, membros da aliança de defesa ocidental.

Biden também pretende fazer um discurso no qual repetirá que os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia "o tempo que for necessário", referiu a mesma fonte.

Uma eventual deslocação de Biden a Kiev, à semelhança das visitas à capital ucraniana de diversos líderes ocidentais, ainda permanecia por confirmar, indicou a agência noticiosa Associated Press (AP).

Biden visitou a Polónia apenas algumas semanas após a invasão russa em larga escala de 24 de fevereiro, e em dezembro recebeu em Washington o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus – , de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.