“O que vimos em Bucha não é o ato isolado de uma unidade desonesta. É uma campanha deliberada para matar, torturar, violar e cometer atrocidades”, disse, antes de viajar para Bruxelas, onde vai participar numa reunião de ministros de Negócios Estrangeiros da NATO.
Blinken disse que os Estados Unidos e outros países estão determinados para “garantir que, de alguma forma, qualquer dia, aqueles que cometeram esses atos sejam responsabilizados”.
O chefe da diplomacia norte-americana assegurou que Washington está a trabalhar, como outros, para “reunir provas para apoiar os esforços do procurador-geral da Ucrânia e os da Comissão de Inquérito do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas”.
Antony Blinken reafirmou a “grande determinação” de Washington de apoiar a Ucrânia na “corajosa luta para repelir a agressão russa”.
A divulgação na comunicação social internacional de fotos tiradas em Bucha mostrando corpos na rua, alguns com as mãos amarradas às costas ou parcialmente queimados, além de valas comuns, provocou uma onda de condenação internacional.
As autoridades ucranianas acusam os soldados russos de terem massacrado civis, o que Moscovo nega, acusando as autoridades ucranianas de terem encenado tudo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na segunda-feira que queria um “julgamento de crimes de guerra” após a descoberta dos corpos de civis em Bucha.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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