“O que o ministro do Ambiente decidiu hoje já deveria ter decidido há quase um ano, como propôs o Bloco”, afirmou à Lusa o deputado do BE Carlos Matias, recordando que foi chumbado, em março e em dezembro de 2017, no parlamento, um projeto de resolução bloquista, que recomendava ao executivo a redução da produção daquela unidade em Abrantes, distrito de Santarém.

Os dois projetos de resolução foram chumbados com os votos do PS, PSD, CDS e PCP, recebendo os votos favoráveis do BE, PEV e PAN e recomendavam ao Ministério do Ambiente que ordenasse a “imediata redução da produção” da Celtejo.

Para o parlamentar do BE, a posição dos quatro partidos “é uma cedência aos lóbis da celulose, que têm muita força, não há outra leitura”.

Carlos Matias lembrou que a Celtejo era “já identificada como um dos polos de poluição” no rio Tejo, em Abrantes, nas resoluções apresentadas.

Um manto de espuma branca com cerca de meio metro cobriu na quarta-feira o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, num cenário descrito como “dantesco” pelo movimento ambientalista proTEJO e como “assustador” pelo município.

A Celtejo, fábrica de pasta de papel da Altri, em Vila Velha de Ródão, disse que é "totalmente alheia" aos recentes fenómenos de poluição no rio Tejo e adianta que "cumpre escrupulosamente" a regulamentação ambiental nacional.

Hoje, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, anunciou a remoção da espuma que cobre o Tejo em Abrantes, a redução da atividade da empresa Celtejo e a retirada de sedimentos do fundo de albufeiras.

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