"Não se compreende a demora do Ministério da Saúde em autorizar a realização de despesa e em permitir a concretização da obra, desta forma travando o processo", afirmou o parlamentar bloquista, na pergunta enviada, na segunda-feira, à tutela.
Sublinhando que o projeto tem "o orçamento aprovado", Moisés Ferreira assinalou que a futura unidade hospitalar é "uma clara necessidade para o reforço do Serviço Nacional Saúde (SNS) na região do Alentejo".
Em abril deste ano, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo, revelou à Lusa que o concurso público da empreitada do novo hospital foi vencido pelo grupo espanhol Aciona.
A construção do novo hospital envolve um montante total superior a 180 milhões de euros, uma vez que, aos 150 milhões de investimento previsto, incluindo 40 milhões de fundos europeus, acresce 23% do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
O deputado do BE considerou que "é um hospital necessário numa região que necessita de mais oferta pública de cuidados de saúde", assinalando que "são conhecidas as dificuldades em captar e fixar profissionais de saúde, assim como os tempos de espera para algumas consultas de especialidade ou para cirurgias".
"O novo hospital, dotado de melhores infraestruturas e tecnologia e com aumento da sua capacidade resposta, tanto em medicina como em cirurgia é, por todas estas razões, uma necessidade premente", insistiu.
Com a pergunta, o Bloco quer saber qual o ponto da situação atual do novo Hospital Central do Alentejo, o que motiva a demora para a aprovação do respetivo orçamento e se o Governo reconhece a urgência e a necessidade da construção desta unidade na região.
O Hospital Central do Alentejo, a construir na periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487.
A futura unidade hospitalar vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas.
A infraestrutura contará com 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.
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