"Uma portaria publicada hoje em Jornal Oficial reconhece a boina do Corvo, uma das preciosidades das malhas açorianas, como produto artesanal integrante da marca coletiva de origem 'Artesanato dos Açores'", adianta uma nota do Governo dos Açores divulgada hoje.

Usada no início do século XX, a boina fazia parte do traje de baleeiros e terá sido por influência dos pescadores escoceses que os corvinos aprenderam a tricotá-las.

"Este mesmo tipo de boina foi produzido na Escócia desde o século XVI, época de que se conservam alguns exemplares, e o seu modelo e método de confeção persiste inalterado desde então", explica a nota.

A boina do Corvo, cuja produção ainda resiste no tempo, é feita em tricot, com um conjunto de cinco agulhas, originalmente em lã local tingida de azul-escuro, com uma barra estreita (grega), trabalhada com o tradicional branco natural, enquanto no topo é colocado um pompom.

"Em alguns casos, na orla é aplicada uma pala feita também em malha e reforçada com tecido", explica a mesma nota.

A vice-presidência do Governo, através do Centro Regional de Apoio ao Artesanato, é responsável pela criação da marca coletiva “Artesanato dos Açores”, que certifica a origem dos produtos artesanais e a sua qualidade.

"Certificar produtos artesanais como a boina de lã do Corvo é, não só uma forma de garantia da qualidade e autenticidade da produção, mas também um modo de diferenciar e singularizar um produto com características próprias no quadro de uma determinada cultura, e de informar e promover a confiança do próprio consumidor", salienta a mesma nota.