À saída do Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, capital do país, Jair Bolsonaro confirmou aos jornalistas que a sua equipa prepara-se para passar a “pente fino” os bancos brasileiros e que está também a mapear indicações partidárias no Banco do Brasil, no Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, no Banco do Nordeste e no Banco da Amazónia (BASA), segundo o jornal Estadão.
Ao ser questionado acerca do elevado número de empregos nos bancos federais e autarquias, Bolsonaro afirmou que o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, irá “rever” as estruturas das instituições.
“Vamos diminuir [esses números]”, garantiu.
O Presidente eleito voltou ainda a destacar que pretende implementar um sistema de transparência nas operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), um dos motes da sua campanha.
Na passada segunda-feira, o futuro detentor da pasta da Economia anunciou que Joaquim Levy, ministro da Economia no governo da ex-Presidente Dilma Rousseff, irá liderar o BNDES e Jair Bolsonaro afirmou confiar nas escolhas do economista.
“É da minha índole confiar nas pessoas (…). O Brasil está numa situação crítica e está nas mãos dele [Paulo Guedes] tirar [o país] dessa situação”, declarou o futuro chefe de Estado.
Uma reportagem do jornal Estadão noticiou que os 12 vice-presidentes do banco Caixa Económica recebem um salário mensal superior a 50 mil reais (cerca de 11.600 euros), excluindo remunerações extra.
Já no Banco do Brasil, os nove vice-presidentes recebem mensalmente 61.500 reais (cerca de 14 mil euros), sendo que nesta instituição bancária há ainda 1.048 cargos executivos com salários acima de 24 mil reais (cerca de 5.600 euros).
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