"Determinei ao @MEC [Ministério da Educação], visando princípio da proteção integral da criança, previsto na Constituição, preparar PL [projeto de lei] que proíba ideologia de gênero no ensino fundamental", escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.

O chefe de Estado brasileiro justificou, na mesma publicação do Twitter, que a medida foi validada pela Advocacia-Geral da União (AGU) que, num parecer, entendeu que o Governo Federal tem competência para legislar sobre ideologia de género.

A expressão "ideologia de género" é usada pelo Presidente do Brasil e por grupos conservadores contrários às discussões sobre diversidade sexual e identidade de género.

Bolsonaro fez reiteradas críticas a seus opositores usando este termo, que não é reconhecido pelos estudiosos, associando "ideologia de género" a partidos de esquerda que, na visão dele, estariam desviando da concepção tradicional cristã de família composta por um homem e uma mulher.

Desde a campanha eleitoral, Bolsonaro usa defesa de temas morais para aproximar-se de eleitores conservadores, notadamente evangélicos.

Em 10 de agosto, o chefe de Estado brasileiro participou de um evento chamado Marcha para Jesus, em Brasília, no qual afirmou que aquilo que classifica como "ideologia de género" seria "coisa do capeta" e que as leis existem para proteger as maiorias.