Bombardeamentos do regime sírio no enclave rebelde de Ghuta Oriental, perto de Damasco, mataram, neste domingo, 34 civis, 11 deles crianças, indicou a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Apoiado por Moscovo, o governo de Bashar al-Assad pretende recuperar esta fortaleza rebelde localizada perto de Damasco, onde cerca de 400 mil civis cercados enfrentam uma crise humanitária desde 2013.
O regime sírio lançou em fevereiro uma campanha de ataques aéreos de grande violência que matou já mais de 650 civis.
Assad afirmou, neste domingo, que as suas forças vão continuar a ofensiva, apesar da pressão internacional para a parar. "A operação contra o terrorismo deve continuar, ao mesmo tempo que os civis continuarão a ter a possibilidade" de sair do local, disse Assad num programa transmitido pela emissora estatal.
Os Estados Unidos condenaram, neste domingo, os bombardeamentos da Síria, apoiados pela Rússia, que deixaram já centenas de civis mortos desde o seu início.
"Os Estados Unidos condenam a ofensiva militar em curso que o regime de (Bashar al-)Assad, apoiado pela Rússia e pelo Irão, está a realizar contra o povo de Ghuta Oriental", disse a Casa Branca em nota.
Washington também acusou Moscovo de ignorar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar fogo de 30 dias, afirmando que a Rússia matou "civis inocentes sob a alegação falsa de operações antiterrorismo".
"Essa é a mesma combinação de mentiras e força indiscriminada que a Rússia e o regime sírio usaram para isolar e destruir Aleppo em 2016, onde milhares de civis foram mortos", afirmou.
A Casa Branca pediu ainda para as forças pró-regime "pararem imediatamente de alvejar infraestruturas médicas e civis" em Ghuta Oriental.
As forças de Assad recuperaram cerca de um quatro do enclave após duas semanas de bombardeamentos devastadores, de acordo com o OSDH.
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