Estes bombardeamentos aconteceram na capital do país, Kiev, e noutras sete regiões da Ucrânia, conforme as últimas informações divulgadas pelas autoridades locais e regionais.
Três pessoas morreram, entre elas uma jovem de 22 anos, na cidade de Khmelnitski, no oeste do país. A quarta vítima perdeu a vida após um bombardeamento russo na região de Zaporizhia, no sul do país, segundo as autoridades ucranianas.
Entre os 50 feridos, há dois adolescentes, de 13 e 12 anos, que vivem numa localidade próxima da cidade de Kherson, no sul, recuperada pelas tropas ucranianas em novembro. No centro de Kiev, um míssil atingiu a fachada de um hotel.
No Facebook, o chefe da polícia, Andriy Nebitov, publicou uma imagem dos restos de um drone com as palavras "Feliz Ano Novo" em russo. "Isto é tudo de que precisamos saber sobre o Estado terrorista e as suas Forças Armadas", escreveu na sua publicação.
O Exército ucraniano anunciou ter derrubado 45 drones de fabrico iraniano durante a madrugada, embora não tenha informado se estes dispositivos usados como projéteis atingiram os seus objetivos.
Neste domingo, "o inimigo executou 35 ataques aéreos, usando em particular o drone 'Shahed-136'", e todos os mísseis disparados pela Rússia foram destruídos, anunciou à noite o Estado-maior do exército ucraniano.
"Os ocupantes russos (...) dispararam 16 vezes lança-foguetes múltiplos, em particular contra o hospital infantil de Kherson", cidade do sul que é bombardeada regularmente desde que foi recuperada no outono pelas tropas de Kiev.
Os russos "estão a perder, os drones, os mísseis e tudo o mais não vão ajudá-los porque estamos juntos", reagiu neste domingo à noite o presidente Volodymyr Zelensky.
"E não vão tirar um único ano da Ucrânia, não vão tirar a nossa independência. Não lhes daremos nada. Respondemos a cada ataque russo (...) em todas as nossas cidades e comunidades", insistiu.
O Ministério russo da Defesa tinha informado que os bombardeamentos no sábado tiveram como alvo "instalações de defesa ucranianas envolvidas no fabrico de drones ofensivos usados para cometer ataques terroristas contra a Rússia".
"Conseguimos desmantelar os planos do regime de Kiev de organizar ataques terroristas contra a Rússia num futuro próximo", acrescentou.
O Exército russo afirmou, ainda, que continua a sua ofensiva na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, anexada pela Rússia em setembro. A zona agora concentra a maior parte dos combates.
O Estado-maior ucraniano destacou a esse respeito na noite deste domingo que "o inimigo (...) continuou a tentar ataques no setor de Bakhmut", cidade da região da qual os russos têm tentado apoderar-se há mais de seis meses.
Os soldados envolvidos na batalha de Bakhmut têm sofrido uma "incrível fadiga" moral e física, disse à AFP Mark Kupchenenko, capelão militar que visita a linha de frente diariamente para dar apoio às tropas. Alguns têm "ataques de pânico, tremores nas mãos, não conseguem descansar", relatou.
Zelensky elogiou na sua mensagem de fim de ano a resistência ucraniana frente à invasão russa e disse que o seu país vai lutar até à "vitória" — até recuperar todos os territórios ocupados ou anexados pela Rússia.
No lado pró-Rússia, autoridades em territórios separatistas no leste da Ucrânia relataram a morte de um civil em bombardeamentos ucranianos na cidade de Yasinuvata, na região de Donetsk, e na cidade vizinha de Makiivka, que deixaram pelo menos 15 feridos.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, por sua vez, que a "justiça moral e histórica" está do lado do seu país nesta guerra e acusou os ocidentais de "usarem, cinicamente, a Ucrânia e o seu povo para enfraquecer e dividir a Rússia"
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