"Perante as dificuldades, solicitámos apoio e deram-nos alguma coisa, não equipamentos completos, mas máscaras e batas na ordem das dezenas e meia dúzia de óculos por corporação", disse à agência Lusa o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora (FBDE), Inácio Esperança.
Segundo o responsável, o material fornecido pelas autoridades aos bombeiros "é muito pouco" em relação às necessidades, uma vez que o equipamento descartável "usa-se uma vez e tem de se deitar fora".
Estes equipamentos, indicou, foram entregues às 14 corporações de bombeiros do distrito de Évora pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) e Proteção Civil.
Inácio Esperança notou que "as corporações estavam muito carenciadas e algumas ainda estão", realçando que "com a obrigatoriedade do uso de EPI" no transporte de doentes "o consumo é imenso", porque "há doentes de todo o tipo e todos são tratados como suspeitos".
Nesse sentido, adiantou, a FBDE adquiriu 600 fatos impermeáveis, a maioria com o apoio de uma entidade bancária, 2.800 máscaras cirúrgicas e 380 pares de botas laváveis para as corporações do distrito de Évora, num investimento de 20 mil euros.
Além disso, os bombeiros receberam apoio da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) e de empresas e particulares, com a oferta de EPI, centenas de viseiras e 500 litros de desinfetante.
"Esperamos que o reforço de equipamento que chegou às câmaras municipais, através da CIMAC, também chegue aos bombeiros", acrescentou.
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