Em comunicado, a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP/SNBP) consideram que deve ser criada uma linha verde nos hospitais devido aos vários casos suspeitos de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, nos bombeiros.

Segundo a ANBP/SNBP, esta realidade já levou a situações de total encerramento de algumas unidades durante um largo período de tempo até que seja feita toda a despistagem de eventuais casos de contágio, o que prejudica “gravemente a capacidade de socorro às populações”.

Nesse sentido, estas duas estruturas defendem que deve ser identificado, a nível distrital ou concelhio, consoante a dimensão do território, um hospital ou um centro de referência prioritário para que os bombeiros e pessoal ligado aos serviços de emergência e proteção civil possam recorrer.

Esta linha verde covid-19, sustentam, vai permitir uma maior rapidez de todo o processo necessário à avaliação de situações de possível contaminação.

A ANBP/SNBP sublinham que “não se justifica” que os bombeiros tenham os mesmos procedimentos de despistagens do que o público em geral, considerando que, em caso de qualquer tipo de suspeita, devem ter indicação para se dirigir imediatamente aos locais previamente definidos como prioritários.

A ANBP/SNBP apelam ainda às corporações de bombeiros para que façam uma avaliação frequente da temperatura e de outros sintomas do covid-19 e que as quartéis dos bombeiros só devem ser utilizados pela população em caso de extrema necessidade.

Em Portugal, há 43 mortes, mais 10 do que na véspera (+30,3%), e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira (+26,8%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados da Covid-19 foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 19.000 morreram.