
Um espasmo esofágico é uma contração anormal dos músculos do esófago, o tubo que liga a garganta ao estômago. Que em vez de empurrar os alimentos de forma suave e coordenada, como acontece normalmente, contrai-se de forma desorganizada ou com força excessiva. Isso pode provocar dor no peito, dificuldade para engolir ou a sensação de que o alimento está preso na garganta ou no peito.
Existem dois tipos principais de espasmo esofágico: o espasmo difuso, caracterizado por contrações descoordenadas, e o esófago em quebra-nozes, em que as contrações são muito fortes, embora coordenadas. Não se sabe qual terá tido André Ventura.
"Embora esta doença raramente seja fatal, está relacionada com perda de peso e desnutrição resultantes da incapacidade de deglutir. Por outro lado, os espasmos do esófago podem ser incapacitantes, interferindo com as atividades quotidianas e causando transtornos de natureza psicológica", lê-se no site do hospital privado CUF.
Os sintomas mais comuns incluem dor torácica que pode ser confundida com um ataque cardíaco, sensação de pressão no peito, dificuldade ou dor ao engolir e, por vezes, regurgitação de alimentos. As causas podem estar relacionadas com alterações nos nervos que controlam os músculos do esófago, refluxo gastroesofágico, stress, ansiedade ou algumas doenças neurológicas ou musculares.
O diagnóstico é feito através de exames como a esofagografia, a endoscopia digestiva alta ou a manometria esofágica, que avalia a pressão e os padrões de contração do esófago. O tratamento depende da gravidade e da origem do problema, podendo incluir mudanças na dieta, medicamentos que ajudam a relaxar o esófago, como relaxantes musculares ou bloqueadores dos canais de cálcio, e, em alguns casos, injeções de toxina botulínica. Nos casos mais graves e resistentes, pode ser necessária cirurgia.
O presidente do Conselho de Administração do hospital disse aos jornalistas que André Ventura apresentava uma “alteração da tensão arterial" quando entrou naquela unidade de saúde, pelas 22h44.
Contudo, não existe uma ligação direta entre espasmos esofágicos e hipertensão arterial, mas podem existir associações indiretas. Os espasmos esofágicos podem provocar dor torácica intensa, muitas vezes semelhante à dor causada por problemas cardíacos, como angina ou enfarte. Como a hipertensão é um fator de risco para doenças cardíacas, pessoas com pressão alta que apresentam dor no peito são frequentemente investigadas para excluir causas cardíacas, podendo o espasmo esofágico ser identificado nesse processo.
Além disso, alguns medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão, como os bloqueadores dos canais de cálcio, também são usados no tratamento dos espasmos esofágicos, pois ajudam a relaxar a musculatura do esófago.
Existe ainda um fator comum que pode influenciar ambos os quadros: o stress e a ansiedade, que podem agravar tanto a pressão arterial como os espasmos esofágicos. Em resumo, embora a hipertensão não cause espasmos esofágicos, é possível que ambas as condições coexistam ou tenham sintomas semelhantes, sendo por isso essencial uma avaliação médica cuidadosa para distinguir a origem dos sintomas, sobretudo em casos de dor no peito.
André Ventura deverá regressar à campanha às 17h00, na arruada agendada para Vila Nova de Milfontes, distrito de Beja.
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