"Temos duas ambulâncias novas paradas no nosso parque, são ambulâncias de socorro que vem substituir outras duas ambulâncias que temos, uma com 15 e outra com 17 anos", afirmou, em declarações à Lusa, Mário Fernando Nazário.
Segundo o presidente da corporação de bombeiros do Marco de Canaveses, no distrito do Porto, é "inaceitável" que as duas viaturas de emergência permaneçam paradas há um mês por falta do Documento Único Automóvel e da inspeção do INEM.
“Estas duas ambulâncias que queremos substituir a todo o momento caem de velhinhas e eu não posso ir com elas para a rua”, salientou, adiantando que em horas de muito trabalho corre o “risco de não ter ambulâncias para fazer o socorro”.
Atualmente, a frota da corporação do Marco de Canaveses conta com sete ambulâncias de emergência, entre as quais algumas com três e quatro anos, e uma viatura do INEM com 10 anos e cerca de 600 mil quilómetros, que, segundo o presidente "a pouco tempo também cai".
"Alguma coisa tem de mudar, é inaceitável ter aqui duas ambulâncias novas que não podem circular. Porque é que o INEM não faz uma vistoria condicionada?", questionou.
Contactado pela Lusa, o presidente da Federação de Bombeiros do distrito do Porto, José Miranda, afirmou que esta é uma situação “recorrente no distrito”, adiantando que em média as viaturas demoram “dois a três meses a ficarem aptas” para circular e, consequentemente, operar em emergências.
"Estes são investimentos que nós fazemos com grande ginástica e às vezes com a contribuição direta das populações, das quotas dos sócios, portanto, isto é terrível", frisou.
De acordo com José Miranda, as 45 corporações de bombeiros do distrito do Porto têm atualmente 40 protocolos com o INEM e 180 viaturas de emergência equipadas, meios de socorro que considera serem a "sorte das populações do distrito".
À Lusa, fonte do INEM garantiu que, em média, a vistoria dos veículos de emergência adquiridos pelas corporações de bombeiros é feita entre "uma a duas semanas", remetendo a "responsabilidade" da demora do processo para o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).
Até ao momento, a Lusa ainda não obteve nenhuma resposta do IMT sobre o processo de licenciamento e validação dos veículos de emergência.
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