A investigação, pedida pelo presidente da câmara de Manchester, o trabalhista Andy Burnham, concluiu que houve uma “comunicação deficiente” entre os bombeiros e as restantes autoridades na noite da tragédia, decorrente da confusão sobre se havia um atacante à solta.

“Um recurso valioso não pôde dar assistência no local” porque “ficou fora do sistema”, disse Bob Kerslake, que dirigiu a investigação.

A 22 de maio de 2017, um jovem britânico de origem líbia, Salman Abedi, matou 22 pessoas e feriu mais de 700 ao fazer-se explodir durante um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande no estádio de Manchester (noroeste de Inglaterra).

A explosão ocorreu às 21:31 TMG e, segundo o relatório, os primeiros agentes da polícia chegaram ao local um minuto depois e mais polícias e serviços de emergência médica chegaram em seguida.

Mas os bombeiros foram mantidos afastados porque o oficial superior de serviço acreditou, erradamente, que havia um “atirador ativo”.

A comissão que realizou a investigação afirmou que não foi possível confirmar se uma intervenção mais rápida dos bombeiros podia ter salvado vidas, o que só pode ser atestado pela medicina legal.

Conclui, contudo, que vidas foram salvas com a decisão de um inspetor da polícia no local de ignorar o protocolo e permitir à polícia e aos paramédicos permanecer no estádio e dar assistência aos feridos numa altura em que não era garantido que não pudessem ocorrer mais ataques.