Em comunicado, o Governo de Londres indicou que, na conversa telefónica que manteve com Orbán, o líder conservador britânico “expressou forte condenação do ataque continuado da Rússia à Ucrânia e disse que a comunidade internacional tem que continuar a aplicar a máxima pressão económica para invalidar a máquina de guerra de [Vladimir] Putin”, o Presidente russo.
Johnson falou também das “circunstâncias desafiantes que alguns países têm enfrentado ao procurar fornecedores de energia”, embora confie que a União Europeia (UE) poderá continuar a aplicar o seu sexto pacote de sanções, “dada a prioridade de pôr fim à guerra na Ucrânia o mais rapidamente possível”.
“Ambos os líderes concordaram que é fundamental reforçar a segurança energética e a resistência doméstica na Europa, porque um confronto sem fim na Ucrânia só provocaria mais sofrimento”, refere a nota de imprensa.
Boris Johnson disse ainda que as forças ucranianas “lutarão o tempo que for necessário e prestou homenagem aos seus esforços”, acrescenta o texto.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa — justificada por Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou hoje que 4.031 civis morreram e 4.735 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 93.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.
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