Em comunicado hoje divulgado, o gabinete de Boris Johnson disse que o primeiro-ministro britânico e o presidente turco Erdogan “concordaram em procurar uma oportunidade para se reunirem com o presidente [Emmanuel] Macron e a chanceler [Angela] Merkel para discutir a situação atual, assim como questões mais amplas, incluindo antiterrorismo e migração”.
Boris Johnson descreveu o acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA como um “passo na direção certa”, mas também enfatizou haver “ainda muita preocupação com a operação militar da Turquia no nordeste da Síria”.
Em 9 de outubro, a Turquia lançou uma ofensiva militar, no nordeste da Síria, região liderada pelos curdos.
Segundo um correspondente da AFP no local e uma ONG, as forças americanas abandonaram hoje a sua maior base no norte da Síria, no âmbito de uma retirada de cerca de mil soldados daquela região anunciada por Washington.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), o comboio retirou-se da base de Sarrine, perto da cidade de Kobane, e seguiu para a província de Hassaké, mais a leste.
Em 14 de outubro, cinco dias após o início da ofensiva turca contra as milícias curdas do YPG (Unidades de Proteção Popular curdas) no norte da Síria em guerra, os Estados Unidos anunciaram que os cerca de mil militares destacados naquela região tinham recebido ordem para abandonar o país.
Nos últimos dias, os americanos saíram de outras três bases, incluindo a da principal cidade de Minbej e outra localizada perto de Kobane, junto da fronteira com a Turquia.
O acordo de trégua prevê a suspensão por 120 horas (cinco dias) da ofensiva turca para permitir a retirada das forças curdas de YPG das áreas de fronteira e o estabelecimento de uma “zona de segurança” de 32 km de largura no território sírio ao longo da fronteira turca.
As forças curdas e a Turquia acusam-se mutuamente de violar as tréguas acordadas.
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