Em conferência de imprensa com o primeiro-ministro georgiano, Irakli Garibashvili, após o Conselho de Associação UE-Geórgia, Borrell insistiu que a ambição de aderir à União Europeia (UE) anda a par com a responsabilidade de superar a polarização política.
As divisões entre partidos têm marcado a agenda política na Geórgia nos últimos anos.
“Devemos construir pontes em todo o espetro político e concentrar os esforços coletivos da Geórgia para alcançar o objetivo declarado de ingressar na UE”, disse o chefe da diplomacia comunitária.
“Não falo só de todos os polos do Governo, que tem mais responsabilidade, mas de todo o espetro político, este é um processo inclusivo em que todos devem participar”, acrescentou.
No entanto, Borrell indicou que no caminho europeu “não existem métodos mágicos” ou “atalhos” e enfatizou que “só o progresso tangível pode fazer avançar o processo”, depois de se referir às 12 prioridades identificadas por Bruxelas para alcançar progresso em áreas prioritárias como a independência dos meios de comunicação social, a reforma do sistema judicial ou a melhoria do Estado de direito.
Todavia, o diplomata comemorou que as relações entre a UE e a Geórgia deram um “salto qualitativo” e agora o país está na rota europeia.
“Espero que todas as forças políticas aproveitem esta oportunidade histórica e façam todos os esforços”, reiterou.
Garibashvili, por seu lado, comprometeu-se com a agenda de reformar europeias, afirmando que as metas estabelecidas na perspetiva europeia da Geórgia representam um “ponto de virada” para o país.
“Sim, a Geórgia está totalmente comprometida com a implementação das prioridades”, sustentou.
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