No final de janeiro, o BPI encerrou definitivamente as agências da sucursal de França localizadas em Argenteuil, Boulogne, Champigny, Drancy, Melun, Saint Germain e Villejuif, mantendo em funcionamento apenas a agência sede, em Paris, e a agência de Lyon.

Este emagrecimento da rede comercial vai ser acompanhado pela saída de mais de 50 trabalhadores.

Segundo confirmaram à Lusa fontes sindicais, nos últimos meses, o BPI esteve a negociar com os sindicatos franceses as condições financeiras de saída destes trabalhadores com supervisão das autoridades laborais francesas.

Uma parte dos funcionários sairá definitivamente do BPI já no final deste mês e os restantes em fim de março.

Há ainda dois trabalhadores que pertencem aos quadros do BPI em Portugal que estavam deslocados em França e que voltarão aos seus lugares de origem.

A Lusa contactou o BPI sobre este assunto, mas não recebeu qualquer informação de fonte oficial.

O BPI tem vindo, nos últimos anos, a reduzir o número de trabalhadores. Aliás, o emagrecimento de estruturas tem sido comum aos principais bancos que operam em Portugal, numa tentativa de melhorarem os seus resultados.

Apenas em 2016 saíram do banco 392 trabalhadores em Portugal, um número que "exclui trabalho temporário".

Em termos de custos, o BPI gastou com pessoal 289,4 milhões de euros, menos 1,5% face a 2015.

Contudo, este valor não inclui os custos que o banco teve com reformas antecipadas, de 59,7 milhões de euros, mas também não se consideram as poupanças decorrentes da revisão do Acordo Coletivo de Trabalho do setor bancário, de 42,9 milhões de euros.

No total da atividade doméstica e internacional, o Grupo BPI tinha, no final de 2016, 8.157 trabalhadores, menos 372 funcionários, o que significava que na atividade fora de Portugal o banco tinha contratado 20 pessoas em termos líquidos.

O Grupo BPI teve lucros de 313,2 milhões de euros em 2016, mais 32,5% do que em 2015, mais de metade referentes à atividade internacional, sobretudo ao Banco de Fomento de Angola (BFA).