Maria de Jesus Rendeiro vê assim prolongada a medida de coação aplicada em novembro de 2021, por suspeitas de crime de descaminho de obras de arte da coleção do seu marido, das quais era fiel depositária.
Na altura, o Tribunal de Instrução Criminal considerou existir perigo de fuga, perigo de perturbação do inquérito/investigação e perigo de continuação da atividade criminosa.
Na altura, o tribunal proibiu também que Maria de Jesus Rendeiro contactasse o presidente da Antral, Florência de Almeida, e o filho deste.
O tribunal confirmou que a arguida é suspeita dos crimes de descaminho, desobediência, branqueamento de capitais e de crimes de falsificação de documento.
Maria de Jesus Rendeiro foi detida no âmbito da operação D’Arte Asas dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e executada pela Polícia Judiciária.
A mulher de João Rendeiro era fiel depositária dos quadros arrestados ao ex-banqueiro, considerando o tribunal que esta sabia das falsificações e do desvio das obras.
João Rendeiro, que aguarda uma decisão sobre processo de extradição para Portugal numa prisão de Durban, na África do Sul, foi alvo de três processos-crime, um deles transitado em julgado e que hoje motivou o arresto de bens.
O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro, foi condenado no final de setembro a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por burla qualificada
O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.
O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como processos relacionados com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.
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