Os magistrados do tribunal de segunda instância vão julgar Lula da Silva no dia 24 de janeiro, com o presidente da associação, Roberto Veloso, a manifestar a sua preocupação com a “segurança” dos juízes do Tribunal Regional, com sede em Porto Alegre, que vão decidir se ratificam ou não a sentença contra o antigo Presidente.
Segundo Roberto Veloso, citado num comunicado da associação, um “conjunto de ameaças”, algumas até contra a integridade física dos magistrados, estão a ser publicadas na internet.
A associação já solicitou, num ofício entregue no Ministério da Justiça e no Conselho Nacional de Justiça, que sejam tomadas “todas as medidas possíveis” e que se conheça a origem das manifestações convocadas para o dia do julgamento em Porto Alegre.
“Se o património público for ameaçado, é necessário que os órgãos de segurança pública, tanto federais como estaduais, tomem medidas para garantir que seja preservado. Há também a questão da segurança dos juízes, porque Ajufe defende e sempre defenderá a independência dos juízes”, disse Veloso.
Para o dia 24, estão convocadas manifestações em Porto Alegre a favor e contra o líder do Partido dos Trabalhadores (PT), que acumula um total de sete processos a na Justiça, a maioria relacionada ao caso de corrupção na Petrobras.
Os três magistrados, que processaram o recurso em tempo recorde, serão responsáveis por analisar a sentença proferida em julho do ano passado pelo juiz Sergio Moro, da primeira instância, condenado Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O juiz deu como provado que a construtora OAS, implicada no caso de corrupção, entregou ao ex-Presidente um tríplex na estância paulista de Guarujá, em troca de ser favorecida em contratos com a Petrobras.
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