A portaria publicada pelo Governo brasileiro no Diário Oficial da União informou “o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Fundação Nacional do Índio na Terra Indígena Yanomami, nas atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do património, em caráter episódico e planejado, por 90 dias”.

Desde maio, indígenas que vivem na área são ameaçados por mineradores ilegais que chegaram a efetuar disparos contra os habitantes de uma aldeia localizada no estado de Roraima.

Líderes indígenas afirmaram que duas crianças Yanomami, de 1 e 5 anos, foram encontradas mortas na comunidade de Palimiú depois do ataque armado de mineradores.

A terra indígena Yanomami estende-se pelos estados amazónicos de Roraima e Amazonas, na fronteira com a Venezuela.

É o maior território indígena do Brasil com quase 10 milhões de hectares, e abriga oito etnias, entre elas os Yanomami e os Ye’kuana, além de outros povos até então não contactados pelo homem branco.

A presença de garimpeiros ilegais é frequente na região. Os invasores muitas vezes entram em conflito com os indígenas que habitam na área.

A organização Instituto Socioambiental do Brasil estima que cerca de 26.780 índios vivam na terra indígena Yanomami, presumindo-se que cerca de 20 mil garimpeiros ilegais se infiltrem na região em busca de ouro, diamantes e outros minerais preciosos.