Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo menos 13 estradas dos estados de Mato Grosso, de Rondónia e do Paraná sofriam bloqueios ao início da tarde de hoje no Brasil.

Os protestos contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas presidenciais de 30 de outubro e a favor de uma intervenção militar voltaram a ganhar alguma força na semana passada, alavancados pelo feriado nacional da instauração da República no Brasil, com milhares de manifestantes a concentrarem-se em frente a quartéis em vários estados brasileiros.

De forma a terminar com estes protestos, considerados antidemocráticos por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio de 43 contas bancárias de empresários que estariam a patrocinar e a apoiar os acampamentos em frente aos quartéis-generais, que ainda persistem passadas três semanas da estreita derrota do ainda Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

A investigação, ainda em curso, aponta a suspeita de que empresários cujas contas bancárias foram alvo do bloqueio estariam a atuar para financiar estes atos antidemocráticos e disponibilizando uma estrutura completa, que inclui desde tendas e casas de banho a alimentação aos manifestantes.

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que perdeu as eleições presidenciais para Lula da Silva, está há mais duas semanas em silêncio e com a agenda vazia, algo que o seu vice-presidente atribui a uma doença.

A última vez que Bolsonaro apareceu nas suas redes sociais foi em 02 de novembro, quando publicou um vídeo em que repudiava grupos de camionistas que estavam a bloquear centenas de estradas pelo país para protestar contra a vitória de Lula da Silva nas urnas.

Desde o dia seguinte às eleições, a agenda do Presidente brasileiro tem repetido todos os dias a mesma frase: “Sem compromissos oficiais”.