“O Presidente está pronto para o combate, com viagem assegurada para Nova Iorque. (…) Ele tem o foco direcionado exclusivamente para essa viagem, onde vai fortalecer a posição do Brasil perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, vai falar com o coração, vai apresentar as questões ambientais. O Presidente hoje tem foco, o foco é Nova Iorque”, disse hoje à imprensa local o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

Jair Bolsonaro recebeu alta na segunda-feira, após ter sido submetido a uma cirurgia, no passado dia 08, em São Paulo, para correção de uma hérnia causada pelo enfraquecimento muscular, depois de ter sido esfaqueado, em 06 de setembro do ano passado, quando participava num ato de campanha eleitoral em Minas Gerais.

O boletim médico divulgado na manhã de hoje diz que o mandatário está em “excelentes condições clínicas”.

De acordo com o médico responsável pela cirurgia do chefe de Estado, e que o examinou em Brasília, Antônio Macedo, o chefe de Estado recebeu orientações que deverão ser seguidas na viagem aos Estados Unidos da América (EUA).

Citado pelo jornal O Globo, o médico declarou que Bolsonaro utilizará meias para ativar a circulação sanguínea, tomará injeções anticoagulantes e foi orientado a não ficar muito tempo sentado.

A agenda de Bolsonaro nos EUA foi encurtada por recomendações médicas, com previsão de chegada a Nova Iorque na segunda-feira e regresso ao Brasil dois dias depois.

Ainda de acordo com o Globo, que cita fontes do Governo, foram suspensas reuniões bilaterais de Bolsonaro com sete chefes de Estado, como o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Na abertura da Assembleia-Geral da ONU, na terça-feira de manhã, o primeiro a discursar será o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, seguindo-se Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América, país anfitrião, , como é tradição.

O discurso de abertura “está a ser promovido a várias mãos” e o “Presidente tem já entendido ou sinalizado quais são as ideias, quais os tópicos que devem ser abordados”, disse o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

No início do mês, o chefe de Estado brasileiro anunciou que pretendia falar sobre a Amazónia na Assembleia-Geral da ONU, mas a sua participação foi posta em causa devido a cirurgia que efetuou.

“Vou comparecer na ONU nem que seja de cadeira de rodas, de maca, vou comparecer. Porque eu quero falar sobre a Amazónia”, disse Jair Bolsonaro, à saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.

“Com bastante conhecimento, com patriotismo, [vou] falar sobre essa área ignorada por tantos governos que me antecederam. Ela [Amazónia] foi praticamente vendida para o mundo. Eu não vou aceitar esmola de país nenhum do mundo a pretexto de preservar a Amazónia”, acrescentou.

Apesar de a Amazónia fazer parte do discurso inaugural de Bolsonaro, o Brasil ficou de fora da lista de países que irão discursar na Cimeira de Ação Climática da ONU, que acontece na segunda-feira em Nova Iorque.

O enviado especial da Secretaria-Geral da ONU, Luis Alfonso de Alba, declarou que “o Brasil não apresentou nenhum plano para aumentar o compromisso com o clima”, ficando de fora dos discursos da cimeira, convocada pelo secretário-geral da ONU, o português António Guterres.

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