"Já tinha sido anunciado [que a Venezuela seria suspensa do bloco económico] se não cumprisse certos requisitos e foi", declarou o ministro brasileiro no lançamento de uma campanha de saúde na cidade de São Paulo.
Na última quinta-feira, os quatro países fundadores do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) informaram que a Venezuela deixa de exercer os seus "direitos inerentes" como um membro do bloco regional, depois de ter infringido as obrigações assumidas no Protocolo de Adesão.
O Mercosul decidiu que se a para 1º de dezembro a Venezuela não tivesse em dia com as regras de adesão, como, por exemplo, adesão às regras de tarifas comuns e à livre circulação de bens, o país seria suspenso indefinidamente, ficando na mesma situação da Bolívia que participa do Mercosul, mas não tem direito a voto.
A ministra venezuelana dos negócios estrangeiros, Delcy Rodríguez, já teria sido informada pelos ministros das Relações Exteriores dos membros fundadores do bloco sobre a "cessação do exercício dos direitos inerentes à sua condição de Estado Parte do Mercosul da República Bolivariana da Venezuela".
Nas redes sociais, porém, a ministra venezuelana negou a suspensão: "A Venezuela continua a fazer parte do #Mercosul e continuar na presidência pro tempore [temporariamente] desse corpo", escreveu no Twitter.
A ministra também frisou que supostas acusações de alguns estados-membros do Mercosul são proibitivas e que a Venezuela "não se vai cansar de dizer que atendeu 90% do quadro regulamentar do Mercosul".
A suspensão da Venezuela também foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, que disse em um comunicado oficial que a cessação dos direitos da Venezuela no bloco de comércio da América do Sul entrou em vigor hoje.
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