A taxa de desemprego indicou um aumento de 7,1% em relação ao trimestre terminado em julho, o que representa 931 mil pessoas a mais à procura de trabalho no país.
Na comparação com o período de agosto a outubro de 2019, o desemprego no Brasil cresceu 2,7 pontos percentuais.
“Esse cenário pode estar relacionado a uma recomposição, ao retorno das pessoas que estavam em afastamento. Nesse trimestre percebemos uma redução da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da procura por trabalho”, explicou a analista da pesquisa do IBGE Adriana Beringuy.
“Ao longo do ano, acompanhamos a expansão da população fora da força de trabalho, de pessoas se retirando do mercado de trabalho, e nesse momento percebemos o retorno de parcela desses trabalhadores”, acrescentou.
O número de empregados sem contrato de trabalho no setor privado aumentou 9% em relação ao trimestre anterior e chegou a 9,5 milhões de pessoas.
Já o contingente dos trabalhadores por conta própria cresceu em 918 mil no trimestre encerrado em outubro.
“Esses dois contingentes são importantes no trabalho informal [sem contrato de trabalho]. Dessa expansão da população ocupada de 2,3 milhões no total, 89% são de trabalhadores informais. Isso mostra que essa retomada da ocupação está sendo puxada pelo trabalhador informal”, frisou Adriana Beringuy.
Assim, a taxa de informalidade chegou a 38,8% da população com trabalho no Brasil, o que representa 32,7 milhões de trabalhadores informais no país.
Já o nível da ocupação ficou em 48%, ou seja, apesar do aumento de 0,9 pontos percentuais face ao trimestre anterior (47,1%). Isto significa que menos da metade da população brasileira apta e com idade para trabalhar estava ocupada.
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