Num comunicado, a polícia brasileira destacou que as investigações, iniciadas em outubro de 2020, apontam que, ao longo de um ano, a alegada organização criminosa tentou exportar para os continentes africano e europeu pelo menos 6,5 toneladas de cocaína.
A quadrilha foi desmantelada graças a uma operação realizada em 10 cidades, nos estados de Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo, na qual cerca de 100 agentes da Polícia Federal cumpriram 20 mandados de busca e seis ordens de prisão, além de apreensão de veículos, propriedades e duas embarcações de pesca industrial pertencentes ao grupo criminoso.
Segundo comunicado das autoridades brasileiras, as investigações permitiram identificar que a rede criminosa utilizava embarcações de pesca para transportar grandes quantidades de cocaína ao exterior que teriam navegado também até à costa da ilha da Madeira, território de Portugal, e da Namíbia.
A organização também terá contratado tripulações especializadas em atividades de navegação marítima em diversos pontos do Brasil para a realização de longas travessias intercontinentais.
“Ao simular operações de pesca, os criminosos procuraram disfarçar o embarque e movimento de carregamentos de cocaína para certos pontos em alto mar, de onde seriam resgatados por embarcações estrangeiras e depois levados para países da África e da Europa”, destacou o comunicado da polícia brasileira.
Em pouco mais de um ano de investigação, as autoridades locais identificaram três embarcações de pesca, além de operadores logísticos e gestores operacionais em terra, que alegadamente participavam no esquema criminoso.
Segundo a polícia brasileira, os investigados deverão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico de drogas, com penas de 8 a 25 anos de reclusão, além do confisco de bens utilizados em ações criminosas.
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