“Fechou o ciclo, o ciclo fechou no dia 31 de julho, provavelmente não vou cumprir aquilo que achava que seria o nosso papel de chegar a 10% de redução. Acho que vai dar na faixa de 4% a 5%, uma redução muito pequena, muito irrisória, mas já é um caminho andado”, disse Mourão à chegada ao seu gabinete.
No começo de julho, Hamilton Mourão, que também preside ao Conselho da Amazónia, apoiou um decreto que lançou uma nova operação de Garantia da Lei da Ordem (GLO) na região amazónica e enviou cerca de três mil militares das Forças Armadas para atuar em ações de apoio e combate à desflorestação.
Porém, no último ciclo aferido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que faz a análise da destruição das florestas brasileiras através de satélites, a área destruída na Amazónia foi de 11.088 quilómetros quadrados.
A devastação registada pelo INPE ocorreu entre agosto de 2019 e julho de 2020, período mais adequado para obter este tipo de dados devido ao período de seca e chuva na floresta, e indicou um aumento de 9,5% face a igual período anterior, que registou 10.129 quilómetros quadrados de desflorestação na Amazónia brasileira.
Desde que o atual governo brasileiro tomou posse, em janeiro de 2019, a desflorestação na Amazónia brasileira tem batido recordes anualmente, facto que tem gerado críticas ao Presidente do país, Jair Bolsonaro, e seus assistentes que defendem a exploração económica do bioma.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, com cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
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