Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal brasileira em nota “a investigação alcança o período de agosto de 2019 a maio de 2020, 12 contratos celebrados entre o Governo do estado do Pará e organizações sociais ligadas ao grupo investigado, totalizando o valor de R$ 1,2 mil milhões de reais [cerca de 180 milhões de euros]”.

As autoridades acrescentaram que os suspeitos são empresários, operadores financeiros, integrantes da cúpula do governo do Pará, além do próprio chefe do poder executivo estadual, o governador Helder Barbalho.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, branqueamento de capitais e organização criminosa, com penas previstas superiores a 60 anos de reclusão.

Segundo informações do portal brasileiro de notícias G1, Parsifal de Jesus Pontes, secretário de Desenvolvimento Económico, Mineração e Energia do Pará, Antonio de Pádua, secretário de Transportes do Pará e Leonardo Maia Nascimento, assessor de gabinete do governo paraense, foram hoje detidos.

A operação contou com a participação de 218 policiais federais, 14 auditores da Controladoria Geral da União (CGU) e 520 polícias civis.

A ação cumpriu 12 mandados de prisão temporária e 41 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão expedidos no estado de São Paulo.

As diligências ocorreram em cidades do Pará (Belém, Capanema, Salinópolis, Peixe-Boi, Benevides, na cidade de Goiânia, capital de Goiás e em diversas cidades do interior de São Paulo.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 4,7 milhões de casos e 142.058 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.