Um autocarro da Viação Galo Branco foi sequestrado na manhã desta terça-feira na ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, Brasil. No interior seguiam 36 passageiros, mais o motorista. Um homem armado, que dizia ser Polícia Militar, ameaçava deitar gasolina no veículo, incendiando-o. Seis passageiros foram libertados durante o sequestro, segundo o portal brasileiro G1.

O incidente ocorreu cerca das 06:00 locais (10:00 em Lisboa) e o assaltante ter-se-á apresentado como elemento da polícia militar quando ordenou a paragem do autocarro, que seguia no sentido Niterói – Rio de Janeiro.

Às 9:02 locais, o atacante desceu do autocarro, tendo sido baleado pela polícia numa das pernas. Minutos depois, às 9:18, a Polícia Militar brasileira anunciava que o sequestrador estava morto — e que todos os reféns estavam bem. A arma que trazia era um brinquedo, avança o G1.

As autoridades confirmaram que o suspeito saiu do autocarro e foi baleado, às 9:04 locais, por atiradores de elite.
O suspeito foi ainda assistido, sem sucesso, por médicos no local.

O Batalhão de Operações da Polícias Especiais (BOPE), polícia de elite do Rio de Janeiro, estava a liderar as negociações no local. Há outras equipas da polícia no cerco, incluindo atiradores de elite posicionados perto do autocarro.

O coronel Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar, informou em entrevista ao canal de televisão GloboNews que além de arma de fogo o sequestrador também possui uma arma de choque e um recipiente com gasolina. Fliess disse ainda que a Polícia Militar trabalha agora com a informação de que aproximadamente 37 pessoas estavam dentro do autocarro na hora do sequestro. Como cinco passageiros foram libertados, provavelmente outras 32 pessoas permanecem reféns.

Segundo vários meios de comunicação brasileiros, não existem ainda muitas informações sobre o caso, mas a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar estão no local, sendo desconhecida a motivação do sequestrador e durante quase duas horas não se sabia sequer quantas pessoas estavam dentro do veículo.

"Temos um homem que se identificou como policial militar. Ele parou o ônibus [autocarro] da Galo Branco na Ponte Rio-Niterói” e ameaça despejar “gasolina no ônibus, colocando os passageiros em perigo. Estamos em negociação com ele para liberar mais reféns, não sabemos qual o real propósito dele", explicou Sheila Sena, porta-voz da Polícia Rodoviária Federal, citada por vários media brasileiros.

No local, estiveram negociadores do Batalhão de Operações Especiais (Bope), segundo Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar.
“A nossa principal missão é tirar os reféns de dentro do veículo", dizia Mauro Fliess.

O caso está também a provocar um grande constrangimento de trânsito naquele que é um dos principais acessos da cidade brasileira, sobre a baía de Guanabara, que tem já vários problemas de mobilidade.

Há 19 anos, o sequestro do autocarro 174, em frente ao Parque Lage, Jardim Botânico, também no Rio de Janeiro, arrastou-se por cinco horas. O incidente, que terminou com a morte de uma refém e do sequestrador, ficou marcado na história criminal do Brasil.

(Com Lusa)