A manifestção de apoio a Donald Trump organizada ontem a São Paulo chegou a interromper brevemente o trânsito numa das principais artérias da cidade, a Avenida Paulista, com gritos de "abaixo o comunismo", ou "a direita ao poder", e com slogans contra a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, e a ex-presidente Dilma Rousseff.

"Apoio Trump, porque Hillary é a Dilma americana e não desejamos o mesmo para os Estados Unidos. É uma mulher corrupta e mentirosa, embora saiba falar melhor do que a Dilma", disse à AFP, a agente de viagens Regina Monte, de 54 anos.

Alguns manifestantes aproveitaram para mostrar o seu apoio ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), admirador confesso de membros do regime militar (1964-1985). Acompanhadas por dezenas de polícias do Batalhão de Choque, cerca de 25 pessoas aproximaram-se dos apoiantes de Trump e trocaram gritos, palavras de ordem e provocações. Alguns manifestantes foram detidos.

Um ativista usava a máscara do magnata nova-iorquino, enquanto outro, vestido de Michael Jackson, cantava e dançava o sucesso "They Don't Really Care About Us", cujo videoclip foi gravado no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, em 1996.