O novo boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação científica brasileiro, indicou ainda que foi entre os 40 e 49 anos que se deu o maior crescimento do número de casos de infeção.
De acordo com a análise da Fiocruz, referente ao período entre 4 a 17 de abril, a faixa etária de 20 a 29 anos registou um aumento de 1.081,82% no número de mortos e a de 40 a 49 anos teve um crescimento do número de casos de 1.173,75%.
Os autores destacam que o cenário pode ser influenciado por uma maior flexibilização do isolamento social nas idades mais jovens, por exaustão do confinamento ou necessidade de retorno ao trabalho presencial.
O boletim salienta ainda que nas duas últimas semanas houve uma estabilização do número de casos e óbitos devido à covid-19 no país, o que, segundo os autores, caracteriza a formação de um novo patamar de transmissão, com a sustentação de alta incidência e mortalidade.
“Se em 2020 o patamar ficou conhecido pelo óbito diário de mil pessoas, nas próximas semanas este valor pode permanecer em torno de 3 mil óbitos. A alta proporção de testes com resultados positivos revela que o vírus permanece em circulação intensa em todo o país”, frisa o boletim.
A idade média dos casos de internação era de 62,35 anos entre 03 e 09 de janeiro deste ano, e passou para 57,68 entre 4 e 10 de abril. Em relação aos óbitos, os valores passaram de 71,56 anos para 64,62 anos no mesmo período.
Ainda segundo a Fiocruz, a pressão sobre as unidades de terapia intensiva (UTI) no Brasil, um dos países mais afetados pelo covid-19, caiu ligeiramente, embora continue em níveis “muito elevados” em grande parte do seu território.
O Brasil vive atualmente a pior fase da pandemia, agravada pela circulação de variantes do vírus consideradas mais infecciosas, e já conta com mais de 383 mil mortes e de 14,1 milhões de infetados.
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