Em declarações publicadas hoje no jornal alemão "Welt am Sonntag", o ministro afirmou: "Procuramos o objetivo claro de alcançar um acordo com o Reino Unido".
Heiko Maas ressalvou, no entanto, que esta medida deveria estar "vinculada a uma perspetiva" do que se deseja durante esse período extra e o que vai acontecer, porque não poder encerrar o capítulo 'brexit' também é problemático para a Alemanha e União Europeia (UE).
"A insegurança é um fardo crescente para a nossa economia e capacidade de ação da UE", alertou o ministro.
Na opinião do social-democrata Achim Post, segundo no grupo parlamentar, "uma nova extensão só é concebível com uma razão realmente convincente, como novas eleições ou um segundo referendo".
Uma nova extensão para continuar "a política de dar e receber em Londres" não deve ser permitida, acrescentou Post.
A posição da Alemanha, preocupada com as repercussões de um 'brexit' sem acordo sobre a sua economia, está longe da posição de Paris, onde o Presidente, Emmanuel Macron, tem sido cético quanto à possibilidade de uma nova extensão.
O atual prazo do Reino Unido para deixar a UE, que já é uma extensão, termina em 31 de outubro e o primeiro-ministro do país, Boris Johnson, está disposto a deixar o bloco mesmo sem acordo.
Boris Johnson é contra alguns termos do acordo de saída da UE assinado pela sua antecessora, Theresa May, e em particular rm relação à "salvaguarda irlandesa".
No entanto, o primeiro-ministro está numa posição difícil, depois de ter perdido a maioria na câmara baixa e de o parlamento ter aprovado uma lei que exige que peça nova extensão se não chegar a acordo até 19 de outubro.
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