Andrea Leadsom indicou que o período de férias, entre 21 de dezembro e 06 de janeiro de 2019 se vai manter, mas também assegurou que "será dado tempo suficiente" para debater o texto, sem confirmar, todavia, se o voto terá lugar ainda em dezembro ou apenas em janeiro.

A ministra, que é responsável por ditar a agenda parlamentar, fez uma declaração com a alteração ao que estava previsto no calendário da Câmara dos Comuns na sequência do anúncio hoje da primeira-ministra britânica dando conta do adiamento da votação na terça-feira do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) devido ao risco de ser chumbado.

A deputada trabalhista Valerie Vaz acusou o governo de "total desprezo" pelos 164 deputados que intervieram nos três dias de debate sobre o documento e pelos muito mais que ainda esperavam falar nas sessões de debate hoje e terça-feira, dia em que estava previsto o voto.

Nesse sentido, reivindicou que o adiamento fosse proposto por uma moção e sujeito a um voto, o que Andrea Leadsom recusou, alegando que vai antes usar um "procedimento muito comum" de dizer "amanhã" no final da sessão parlamentar de hoje para protelar o voto até uma data que só será decidida mais tarde.

Theresa May invocou a esperança de que o texto possa ser aprovado "se puder garantir garantias adicionais" sobre a questão da Irlanda do Norte, referindo que vai aproveitar o Conselho Europeu de quinta e sexta-feira em Bruxelas para tentar negociar com os homólogos de outros estados membros e dirigentes europeus.

Porém, não soube precisar quando terá lugar o voto ao acordo, contra o qual se manifestaram dezenas de deputados do partido Conservador, atualmente no poder, ameaçando com uma derrota embaraçosa do governo, que não tem maioria na Câmara dos Comuns.

Perante o aproximar da data do 'Brexit', a 29 de março de 2019, a primeira ministra admitiu que o risco de uma saída sem acordo "acidental" da União Europeia está a aumentar.