"Entrei em contacto com líderes dos partidos e, quando isso não foi possível, altos representantes de partidos políticos, para informá-los da minha intenção e preparar o caminho para a Câmara dos Comuns realizar seu trabalho. Devido aos requisitos de notificação, não será possível realizar [a sessão semanal de] perguntas ao primeiro-ministro amanhã [quarta-feira]", disse, numa declaração aos jornalistas perto do parlamento, em Londres.
No entanto, acrescentou, "haverá espaço para perguntas urgentes, declarações de ministros e pedidos de debates de emergência".
Bercow aplaudiu a decisão do Supremo Tribunal britânico, que considerou "ilegal" a suspensão do Parlamento decidida pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, durante cinco semanas, até 14 de outubro, 17 dias antes do prazo para o Reino Unido sair da União Europeia (Brexit').
"Ilegal porque impediu ou frustrou o parlamento no cumprimento das suas funções essenciais. E fez isso num momento crucial para o nosso país. Os cidadãos do Reino Unido têm o direito de supor que o Parlamento cumpra a sua função principal, que é de estar em condições de escrutinar o Executivo, de obrigar os ministros a prestar contas e de legislar, se assim o desejar", afirmou.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, encontra-se a participar na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, e os procedimentos parlamentares determinam que as perguntas dos deputados para o debate semanal das quartas-feiras sejam submetidas com três dias de antecedência.
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