O Conselho dos Chefes da Polícia Nacional (NPCC) anunciou hoje, em comunicado, estar a trabalhar em vários cenários, como potenciais protestos, crimes e situações de emergência, como atrasos em portos marítimos e na circulação rodoviária ou a falta de produtos, como alimentos ou medicamentos.
Mais de 10.000 agentes estão prontos a serem mobilizados de diferentes partes do país num espaço de horas, adiantou o presidente do NPCC, Martin Hewitt, que disse serem esperados mais protestos nas próximas semanas.
“Não temos informação que sugira que os protestos serão outra coisa senão pacíficos, como têm sido até agora. Vamos sempre procurar facilitar o direito ao protesto pacífico, equilibrando o direito de protestar com a perturbação das comunidades locais”, explicou.
Hewitt alertou para o tom do debate sobre o ‘Brexit’, que tem levado a ameaças feitas aos deputados.
“Há fortes pontos de vista sobre a saída da UE e, muitas vezes, um debate ruidoso e apaixonado. Todos nós temos a responsabilidade de pensar com cuidado e sermos moderados na forma como comunicamos, para não inflamarmos as tensões”, alertou.
Segundo a NPCC, os crimes de ódio diminuíram desde o referendo de 2016, mas, em média, ainda são mais do que antes do referendo, quando se registaram vários atos de xenofobia e racismo contra cidadãos europeus.
São considerados crimes de ódio atos cometidos contra alguém por causa da sua raça, religião, incapacidades físicas ou mentais ou orientação sexual e podem incluir desde intimidação a agressões, roubos, danos patrimoniais.
A data oficial de saída do Reino Unido da UE é 12 de abril, mas a UE agendou um Conselho Europeu de emergência para 10 de abril para deliberar sobre um eventual novo adiamento.
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