Ao longo de três horas, o governo britânico reuniu para discutir os pormenores do que Theresa May chamou de “proposta ousada”, para obter apoio parlamentar para o seu acordo de ‘Brexit’.
May deverá ainda hoje dar mais informações sobre este “novo acordo”, num discurso muito aguardado, pela repercussão na prolongada negociação sobre o ‘Brexit’.
Não é provável que as mudanças acordadas pelo governo – cujos membros estão divididos sobre o ‘Brexit’ – sejam suficientemente amplas para mudar a posição dos deputados britânicos, que por várias vezes recusaram um entendimento sobre a forma de saída da União Europeia.
O Reino Unido devia ter deixado a União Europeia em 29 de março, mas a comunidade de países permitiu a extensão do prazo até 31 de outubro, no meio de um impasse político.
As conversações sobre a obtenção de um compromisso entre o Partido Conservador, de Theresa May, e o Partido Trabalhista, na oposição, voltaram a fracassar, na passada semana.
May diz que tentará retomar o processo de negociações, no início de junho, pedindo aos deputados que votem numa proposta de retirada que seja aceite por Bruxelas.
A proposta provavelmente incluirá promessas sobre questões como direitos dos trabalhadores e proteções ambientais, que são prioridades para o Partido Trabalhista de centro-esquerda.
Mas a porta-voz do Partido Trabalhista, Emily Thornberry, já disse que os deputados do seu partido irão votar contra, a menos que a proposta seja "radicalmente diferente".
May disse que depois de o Parlamento votar a nova proposta, estabelecerá um cronograma para o seu abandono de funções, como líder do Partido Conservador e como primeira-ministra.
Os Conservadores pró-‘Brexit’ culpam May pelo impasse político e querem substituí-la por um defensor acérrimo do ‘Brexit’, como Boris Johnson, ex-ministro das Relações Exteriores do governo de Theresa May.
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