“Tentar enfraquecer as nossas negociações [com Bruxelas] defendendo um segundo referendo, é um insulto ao cargo que ocupou e às pessoas que serviu”, disse Theresa May, num comunicado em resposta ao antigo primeiro-ministro britânico que esta semana defendeu a necessidade de se realizar um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’).
May garantiu ainda estar confiante de que vai conseguir “garantias adicionais” junto da União Europeia (UE), notando que não se vai “esquivar” da responsabilidade de cumprir o estipulado pelo primeiro referendo, no qual 51,9% da população votou favoravelmente à saída da UE.
“Muitas pessoas querem subverter este processo em prol dos seus próprios interesses políticos, em vez de [defenderem] o interesse nacional”, acrescentou.
Theresa May vincou ainda que o parlamento tem “o dever democrático de cumprir com a decisão de voto dos britânicos”.
Em 14 de dezembro, o Conselho Europeu adotou um conjunto de conclusões que não altera em nada a posição dos 27 sobre o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, com os líderes europeus a reiterarem a indisponibilidade para renegociar.
“O Conselho Europeu reconfirmou as conclusões de 25 de novembro, dia no qual endossou o acordo de saída e aprovou a declaração política. A União mantém o seu apoio a este acordo e pretende proceder à sua ratificação. Este não está aberto a uma renegociação”, lê-se no primeiro ponto das conclusões da reunião a 27, dedicada ao Artigo 50.º.
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