Peter Schwarzenbauer, do Conselho de Administração do grupo alemão, disse que a BMW pondera transferir a produção do modelo “Míni”, em Oxford, Inglaterra, para a Holanda, se a saída da União Europeia for sem um acordo.
O responsável fez estas declarações numa entrevista à televisão britânica Sky, nas vésperas da abertura do Salão do Automóvel de Genebra, que se realiza de 07 a 17 deste mês.
Schwarzenbauer descreveu este cenário de rutura como "o pior possível" e disse que, então, teriam que considerar "o que isto, exatamente, representa para a marca de longo prazo".
A fábrica do “Mini” emprega 4.500 pessoas e é o principal local de produção do modelo “Mini” de três portas.
O presidente da Toyota Motor Europe, Johan Van Zyl, disse, por seu turno, à BBC que se as "barreiras" do 'Brexit' forem muito altas, a competitividade da empresa no Reino Unido será prejudicada.
Van Zyl referiu a possibilidade de a fábrica que a empresa japonesa tem em Burnaston, no condado de Derbyshire, no norte da Inglaterra, vir a ser fechada depois do 'Brexit'.
O vice-presidente executivo da empresa, Didier Leroy, disse que uma saída “não negociada” da União Europeia, seria "terrível" e criaria "enormes desafios adicionais" para a competitividade das operações no Reino Unido.
A Toyota anunciou em fevereiro do ano passado que ia construir a próxima geração de seu modelo “Auris” em Burnaston, o que representa um investimento de 277 milhões de euros.
Leroy afirmou ao jornal Financial Times que está "confiante de que o Reino Unido conseguirá chegar a um bom acordo com a UE”.
Referindo que os japoneses não pretendem deixar o Reino Unido e parar a produção, Leroy reconheceu que, se não houver acesso ao mercado europeu sem "obstáculos fiscais", será "extremamente difícil" encetar a produção de um outro modelo na fábrica inglesa.
As advertências da Toyota e da BMW surgem depois de a Nissan ter revertido, no mês passado, os planos de fabricar o modelo “X-Trail” na sua fábrica em Sunderland, nordeste da Inglaterra, para ser produzido no Japão.
Outra empresa japonesa, a Honda Motor, anunciou o encerramento da sua fábrica em Swindon, no sudoeste da Inglaterra, em 2021, o que significará o corte de cerca de 3.500 empregos, noticiou a agência espanhola Efe.
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